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Acesso à internet no Brasil ainda é restrito aos mais ricos

Texto publicado em: FNDC

23/08/2011 |
Victor Hugo Cardoso Alves
TI Inside Online

O número de brasileiros com mais de 16 anos com acesso à internet totalizou 51%, o que representa uma expansão de apenas quatro pontos percentuais na comparação com março de 2008, de acordo com a nona edição da pesquisa F/Radar, realizada semestralmente pela F/Nazca. No mesmo período, o número de brasileiros com acesso em banda larga em suas residências saltou de 12% para 31%, o que indica melhoria na qualidade da navegação entre aqueles que já se conectavam à rede.

Apesar desse crescimento, o estudo revela que os acessos ainda estão concentrados na faixa de maior renda da população. Nas classes A e B, 62% têm internet rápida na residência, enquanto que na classe C, 22% têm conexão, e nas classes D e E, somente 4% tem acesso em casa à rede mundial. Apenas indicado na edição anterior, o acesso em casa passou a ser, pela primeira vez, mais relevante do que em lan houses. Além disso, a parcela daqueles que acessam diariamente subiu de 32% para 41% dos internautas.

O levantamento mostra, ainda, que em abril deste ano 41% dos brasileiros com 16 anos ou mais acessaram a internet diariamente, contra 38% em igual período de 2010, o que representa um aumento de três pontos percentuais. "As pessoas passaram a utilizar a internet mais vezes e de maneira mais qualitativa", avalia o gerente de planejamento da F/Nazca, Marcelo Bazan. Ele aponta que as pessoas das classes A e B usam a internet, em média, 5,3 dias por semana, frequência que é de 3,7 dias por semana na classe C, e de 2,8 dias por semana nas classes De E.

A pesquisa aponta também que a penetração dos PCs nas residências brasileiras alcançou 44% em abril deste ano, contra 40% de abril de 2010, e que 22% dos brasileiros com 16 anos ou mais costumam acessar a internet por meio de dispositivos móveis, o que corresponde a 18,6 milhões de pessoas.

Bazan avalia que o crescimento vegetativo da internet no Brasil se deve, em grande parte, à falta de infraestrutura de redes. "Chegamos a um gargalo tecnológico. A tecnologia não permite que algumas pessoas tenham o acesso a internet", diz ele, ressaltando que outra barreira para um avanço mais acelerado da internet no país é o alto custo dos serviços, o que deve mudar com as novas políticas para banda larga.

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