Texto e foto publicados em: Blog do Esmael
O secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Salvadore Martinhão, calcula investimentos de até R$ 64 bilhões em redes de telecomunicações até 2014. “Com as isenções para a expansão de redes, o investimento feito pelo setor privado deve chegar a R$ 60 bilhões. E a Telebras ainda deve investir outros R$ 4 bilhões”, disse. A afirmação veio durante reunião da Câmara Temática de Infraestrutura, nesta segunda-feira (21.11), em Brasília, para determinar os desafios e ações necessárias em telecomunicações e Tecnologia da Informação para o Mundial.
Na opinião de Maximiliano, os investimentos são necessários pelas características do Mundial de 2014. “As últimas Copas tinham um perfil de uso de voz e de dados em segunda geração. Agora, teremos a primeira edição com uso das redes de terceira e quarta geração. As pessoas, nos estádios, vão produzir vídeos e fotos e vão querer enviar para familiares e redes sociais. Será o primeiro Mundial verdadeiramente multimídia”, afirma. As prioridades serão a construção de redes móveis 4G, o crescimento das redes de fibra ótica e a expansão da capacidade de satélites.
Segundo Joel Benin, coordenador das câmaras temáticas do Ministério do Esporte, o dia de debates deve resultar em uma proposta de matriz de responsabilidade específica (compromisso assinado pela União, estados, municípios e entes privados, determinando ações e responsabilidades de cada um).
De acordo com José Gontijo, gerente de projetos de Banda Larga do Ministério das Comunicações, ainda falta determinar detalhes de como as redes se interconectarão ao chegar às cidades-sede, já que parte da infraestrutura necessária já existe e será usada a partir de parcerias.
“A Telebras construirá uma pequena parcela da rede que ainda falta, próxima ou dentro de algumas cidades. Na maioria dos casos, a infraestrutura da Telebras vai até determinado ponto e é conectada com outras, de outras empresas, privadas ou públicas”, explicou Gontijo. Para essa conexão, estão previstos no orçamento da empresa R$ 200 milhões. Outros R$ 3,2 bilhões serão investidos em um backbone (espinha dorsal) que servirá para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que será feito acompanhando as linhas de transmissão de energia de alta tensão. “Esses R$ 200 milhões são para fazer a junção entre o PNBL e a preparação para o Mundial”, explicou.
Para que uma matriz de responsabilidade seja firmada, falta a definição, pela FIFA, dos pontos de interesse. As redes de dados de alta capacidade deverão atender, além dos estádios, hotéis oficiais, centros de treinamento e de transmissão. “Recebemos uma prévia de onde ficarão esses pontos de interesse. Mas precisamos saber de todos, para que possamos fazer um planejamento que envolva um custo menor na implantação das redes, e também uma potencialização do legado”, explica Gontijo. Segundo o gerente de projetos, a FIFA fará um cronograma de entrega dos locais que serão usados no evento.
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