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Congresso da SET 2013: maior fórum tecnológico do país

Texto Publicado em: Congresso SET


Na abertura, a sala cheia, Olímpio José Franco, presidente da SET mostrou preocupação com o cronograma de apagão analógico recentemente anunciado pelo Governo Federal e reforçou que é necessário realizar maiores estudos e pesquisas sobre as possíveis interferências graves na recepção de LTE e ver como serão replanejados os canais no País.
Foto: Francisco Filho
“Estamos caminhando para perder 18 canais com a realocação da TV para os canais que vão do 14 ao 51. Essa redução exige um reestudo do plano de canalização”, disse Franco e agregou que “os canais remanescentes serão prejudicados” e “os one-seg serão perdidos ou desactivados”.

Para Olímpio Franco, é preciso saber como resolver este problema porque o uso de filtros não resolverá o problema da interferência. “Como resolver esse problema? Preocupa-nos a falta de planejamento. Esperamos sensatez, apoio e respeito dos órgãos reguladores para com o nosso setor”, afirmou.

Adilson Pontes Malta disse aos presentes que é fundamental renovar a SET e as suas estruturas para enfrentar a mudança tecnológica. “A SET fez muito pela televisão brasileira e os seus profissionais mas para isso com o sacrifício e sacerdócio dos seus presidentes.”

“A televisão da era da SET era um produto de radiodifusão. Hoje isso mudo, o vídeo está por toda a parte, ate nas revistas imprensa (…) Os receptores inteligentes são uma realidade (…) Estamos diante de um jovem e desconcertante mundo da comunicação”, disse Adilson Pontes Malta e agregou: “precisamos de alguém mais interessante do que nós” para afrontar essas mudanças”.

Fechou a ceremônia Gordon H. Smoth, presidente e CEO da NAB quem reflexionou sobre a função das emissoras de TV aberta no mundo e sua importância no trabalho diário contribuindo para democratização dos conteúdos e como estas podem ajudar na liberdade imprensa dos países.

O ex-senador americano apresentou um Keynote onde partilhou esforços da NAB através dos Estados Unidos para garantir que estações de rádio e televisão completem suas missões de preservar valores críticos que são o fundamento dos ideais da democracia. Ele também abordou como avançar com a tecnologia de broadcast e promover os interesses das estações nas questões políticas como leilões de espectro, e o suporte às estações com o compromisso de ser seus olhos e ouvidos.

Participaram da sessão de abertura representantes de várias associações do setor, dentre elas o presidente da Anatel, João Batista Rezende, a secretária interina de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Patrícia Ávila, o presidente da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), Oscar Simões, o presidente da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Luiz Cláudio Costa,  o vice-presidente da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão de São Paulo (Aesp), João Monteiro Neto e em representação da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), o conselheiro da entidade, Alexandre Jobim.

O Congresso

Programado para acontecer entre os dias 19 e 22 de agosto, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, o Congresso SET 2013 chega para o mercado de broadcast em um momento essencial na difusão de informação. O Congresso que terá 45 painéis com até 7 palestrantes cada, espera receber um número recorde de visitantes e assim sagrar-se como maior fórum de debate sobre tecnologia broadcast do Brasil.

O evento acontece em espaço dedicado no centro de exposições, com quatro salas reservadas onde acontecem os painéis em quatro diferentes horários: das 9h às 11h; das 11h30 às 13h30; das 15h às 17h; das 17h30 às 19h30.

Com um cenário cheio de novidades, sobre tudo no que diz respeito à tecnologia e política, o último ano foi marcado por muitas discussões ferrenhas dentro do mercado: Transferência da banda dos 700 MHz para telefonia móvel, legislação de Loudness e novas regras para incentivo da produção nacional são só alguns deles.

O Congresso terá mais de 90 horas de palestras sobre os mais variados temas concernentes à tecnologia de radiodifusão, produção audiovisual e geração e transmissão de conteúdo através de diferentes meios, seja em mídia tradicional ou seguindo novas tendências como OTT, VOD e IPTV.

Segundo explicou Patrícia Ávila , secretária interina de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, "há condições de diminuir o número de cidades. Se um radiodifusor trocar de lugar, será muito melhor porque não precisa desligar agora, podemos esperar aumentar o número de receptores, por exemplo", disse e afirmou que ainda não está definido o cronograma final de desligamento e se este acabará em 2018 como o Ministério disse no fim de julho.

Para Patrícia é importante dizer que a neste momento o Governo realiza “testes em VHF alto” em parceria com outras instituições públicas, “testando o comportamento da faixa de VHF Alto (canais 7 a 13) nas transmissões digitais de TV”.
Segundo ela, estes testes serão conduzidos e seus resultados, sistematizados até o primeiro semestre de 2014. “Se a faixa apresentar comportamento adequado, ela poderá ser utilizada para a execução do serviço de radiodifusão de sons e imagens em tecnologia digital”.

A seguir, Regina Cunha, da Anatel explicou a “realocação de canais da faixa de 700 MHz” que tem como objetivo: “Direcionar adequadamente os trabalhos e evitar solicitações de radiodifusores para alterações de características técnicas não relacionadas ao processo de replanejamento”.

Ela explicou que em uma primeira instancia se tinha estabelecido como meta o desligamento de 885 municípios, mas que estudos posteriores chegaram a conclusão que estes deveriam ser apenas 724 municípios.

Para isso esta em curso a Consulta Pública nº 35, de 15 de agosto de 2013, a qual “submete a contribuições e comentários públicos, 38 (trinta e oito) exclusões de canais no PBTV, 190 (cento e noventa) exclusões de canais no PBRTV, 72 (setenta e duas) inclusões e 189 (cento e oitenta e nove) alterações de canais no PBTVD e 2 (duas) alterações de canais do PBTVA”.
Segundo Regina Cunha, “as alterações ora propostas são referentes à Região Metropolitana da cidade de São Paulo e às regiões de Campinas e Sorocaba, e têm por objetivo principal o atendimento ao disposto no Artigo 2º da Portaria MC n.º 14, de 6 de fevereiro de 2013, publicada no Diário Oficial da União – DOU no dia 7 subsequente, que estabelece diretrizes para a aceleração do acesso ao Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre – SBTVD-T e para a ampliação da disponibilidade de espectro de radiofrequência para atendimento dos objetivos do Programa Nacional de Banda Larga – PNBL. A efetivação das alterações propostas seguirão o cronograma a ser definido posteriormente pelo Ministério das Comunicações, conforme estabelecido no Decreto n.º 8.061/2013”.

Também participou da palestra, Hélio Godoy de Avellar da Anatel quem explicou aos presentes, o “Acordo de Cooperação Técnica n.º 02/2012” pelo qual o Ministérios das Comunicações delegou “competência à Anatel para a prática dos atos necessários à análise de processos técnicos de engenharia nos procedimentos de pós-outorga dos serviços de radiodifusão, seus ancilares e auxiliares”.

O congresso SET é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América Latina. A edição 2013 acontece entre 19 e 22 de Agosto no centro de convenções Imigrantes em São Paulo. Serão mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.

Desafios do Apagão Analógico

Na tarde do segundo dia do Congresso SET 2013, o painel “switch-off analógico, implantação TVD”, discutiu o desligamento do sinal analógico e os desafios para que ele seja executado de forma satisfatória e sem grandes problemas.

Para o moderador da palestra, Ivan Miranda, da SET e RPC, “a TV Digital é uma realidade para o Brasil. Definimos um padrão que figura entre os melhores do mundo, sendo inclusive adotado pela grande maioria dos países na América Latina. Agora temos o desafio de implementar toda a malha de distribuição de sinal digital no país e seus serviços complementares (SARC e Ancilares)”.

Para Miranda, “o cenário é desafiador, com um horizonte curto, onde grandes investimentos e readequação de infraestrutura serão necessários. O telespectador precisará ser informado e adquirir novos receptores. Como orquestrar toda essa rápida migração?”.

Na mesa, a principal preocupação dos palestrantes foi a necessidade de garantir que o desligamento do sinal aberto não signifique que parte da população vai ficar sem recepção de TV aberta nas suas residências.

O deputado federal, Sandro Alex alertou para o fato de que a única coisa que sabemos com certeza é que o sinal será desligado, todo o resto está em análise ou estudo. Além da incerteza do acesso da população aos aparelhos e conversores, também foi questionado se o mercado está apto a produzir o número de aparelhos necessários nos poucos meses que faltam para o switch-off.

No entanto, segundo os palestrantes, as mudanças devem ser positivas para o mercado. “A TV Digital vem para dar uma sacudida no mercado e aumentar a audiência”, afirmou David Britto, do Fórum SBTVD.

João Paulo de Andrade, representante do Ministério das Comunicações, explicou a necessidade da realização de pilotos em cidades de médio porte, com o objetivo de monitorar a recepção da TV digital e da percepção e acesso dos usuários em diferentes realidades socioeconômicas e localizações geográficas. Ele também falou das políticas públicas a serem implantadas, da mudança do cronograma (que adiantou o desligamento para janeiro de 2015 e deu mais tempo para que ele seja concluído) e sobre a possibilidade de que as radiodifusoras ajudem a complementar o trabalho do governo.

A experiência japonesa foi mostrada como um exemplo a ser seguido, especialmente em suas políticas públicas de informação e orientação da população sobre as mudanças e como proceder, além de oferecer assistência.

O congresso SET é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América Latina. A edição 2013 acontece entre 19 e 22 de Agosto no centro de convenções Imigrantes em São Paulo. Serão mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.


Luzes, câmera e ação no Congresso SET 2013


“Tendências e Novas Tecnologias da Cinematografia” foi o tema do painel moderado por Celso Araujo que teve início às 11h30 da terça-feira (20). Foi mais um painel do Congresso SET 2013 a contar com grandes nomes da tecnologia, como Eric Soares e Hugo Gaggioni, da Sony, e Neil Ugo, da Panasonic. Mas dessa vez, nomes de novas empresas brasileiras do ramo da produção audiovisual também foram mostrar seu trabalho, como Lucas Saldanha, da 2 Olhares, Guilherme Correa, da Atomo Vxf e Márcio Pasqualino, da Psycho n’ Look.

As apresentações do painel mostraram um novo cenário para a produção visual, tanto no que diz respeito às tecnologias disponíveis quanto as cadeias produtivas. Soares, Gaggioni e Ugo mostraram o que as empresas de tecnologia de captura e projeção trazem para o mercado hoje e aquilo no que estão trabalhando para o futuro. Para eles, o 4K continua sendo uma forte promessa, tanto para o cinema quanto para a produção para TV. No entanto, as fabricantes já colocaram seus olhos em tecnologias ainda mais ousadas, como o 8K, por exemplo.

Saldanha, Correa e Pasqualino, por outro lado, vieram mostrar o que a tecnologia tem permitido nas produtoras brasileiras e como o trabalho realizado por elas tem mudado desde 2010. “Nos últimos anos, nós vimos acontecer uma setorização da cadeia produtiva”, disse Pasqualino. Se antes as agências trabalhavam sozinhas em todas as etapas da produção audiovisual, hoje produtoras especializadas assumem essa funções. Essa transição não só diminui o custo da produção, mas também gera especialização dos profissionais.

O congresso SET é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América Latina. A edição 2013 acontece entre 19 e 22 de Agosto no centro de convenções Imigrantes em São Paulo. Serão mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.


O desafio de gerenciar qualquer conteúdo

Realizado no período da manhã, durante o segundo dia de atividades do Congresso SET 2013, o Painel Workflow, MAM e Metadados, Implantações trouxe o tema de gerenciamento do fluxo de mídia a longo da cadeia de produção com experiências e estudo de casos de emissoras que já utilizam estes sistemas em sua cadeia produtiva.

A evolução dos sistemas de gerenciamento de mídia é um caminho que deve ser trilhado por quem quiser acompanhar as novas demandas de conteúdo. Com vários formatos e padrões, gerenciar estes sistemas, muitas vezes diferentes dentro da própria emissora, possuir um único sistema que permita este gerenciamento, não reduz apenas tempo de produção, mas também custos. Das palestras que fizeram parte desta sessão, destacamos o relato da experiência de implementação do MAM nas emissoras da EPTV por Giulio Breviglieri. A demanda surgiu devido à necessidade de se gerenciar o conteúdo produzido pelas quatro emissoras que fazem parte da EPTV que possuía uma base de dados de mais de 300 mil registros em texto, 18 mil horas de conteúdo a ser digitalizado e mais de 10 mil mídias que deveriam ser adequados a um gerenciamento efetivo. 

Após um projeto elaborado que atendia as necessidades e características próprias de cada departamento dentro da emissora (jornalismo, produção, etc.) a implementação do sistema garantiu a preservação de todo o conteúdo do CEDOC da emissora além de uma otimização do uso deste material permitindo rapidez, agilidade e flexibilidade no uso e entrega do material à diversas plataformas de forma automatizada. Breviglieri afirmou que com a implantação deste sistema “espera-se além dos benefícios de preservação da base de dados, uma redução do ambiente físico que anteriormente era destinado ao armazenamento de fitas e documentos”.

Para Paulo Canno, da TV Gazeta/ES, “trouxe um enfoque diferente, mas que se entrelaçaram” e o ponto relevante é que foi possível visualizar como o Media Asset Management contribuí para gerar valor e retorno financeiro para os executivos das emissoras.

O congresso SET é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América Latina. A edição 2013 acontece entre 19 e 22 de Agosto no centro de convenções Imigrantes em São Paulo. Serão mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.

Afinal por que queremos controlar a qualidade?


Realizado no período da tarde, durante o Congresso SET 2013, o painel Controle de qualidade e mediada por José Antonio Garcia, da TV Brasil, contou com a participação de representantes de empresas que oferecem soluções para verificação e controle da qualidade da imagem e som para a televisão e, agora, também para as demais plataformas. Mas o que é controle de qualidade? Foi com essa pergunta que Bruce Devlin, da Amberfin/AD Digital iniciou sua fala e apresentou como resposta o conceito de que controle de qualidade é “aquilo que você testa ou mede para alterar aquilo que você faz”, com o objetivo de “ganhar dinheiro ou manter o dinheiro que você já ganhou”, afirmou Devlin. 

Nesta mesma linha, Silvino Almeida, da Tektronix, também ressaltou que a oferta de um serviço ruim, no caso a imagem ou som, pode impactar negativamente a emissora e lembrou que pesquisas apontam que recuperar um cliente custa em média cinco vezes mais do que ganhar um novo cliente. Lembrou também que a cada cinco reclamações registradas, outras cinco não são registradas e que há uma estreita relação entre as empresas que gerenciam as queixas de seus clientes quanto as que não gerenciam em relação ao faturamento, ou seja, aquelas empresas que registram e gerem as reclamações dos clientes faturam mais do que aquelas que não o fazem. Assim o grande objetivo das empresas deve ser “como buscar o enfoque do telespectador para o controle de qualidade”. Por esta razão é que as ferramentas que verificam e atestam a qualidade do som e do vídeo são tão importantes dentro dos sistemas de produção e veiculação dos conteúdos produzidos.

Para Armando Ishimaru é preciso “maximizar a funcionalidade e recursos dos equipamentos” e isso só é possível com as ferramentas de controle. Sem uma monitoragem apropriada nos equipamentos os problemas não detectados podem se propagar e se multiplicar por todo o fluxo até a tela de apresentação. O que certamente significa perda financeira.

O congresso SET é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América Latina. A edição 2013 acontece entre 19 e 22 de Agosto no centro de convenções Imigrantes em São Paulo. Serão mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.

Eficiência elétrica


Em um contexto em que os Data Centers se tornaram cada vez mais necessários para as grandes empresas de tecnologia, o gasto de energia se torna um dos principais problemas a serem enfrentados. Esse foi o tema do painel moderado por Oripide Cilento Filho, da NIC.BR, que teve início às 15h do segundo dia do Congresso SET 2013. Os palestrantes convidados foram Jorge Luis, da Mantest e Francisco Degelo, engenheiro da Dala Stulz.

O caminho percorrido pelas palestras foi bem definido. Cilento levantou a problemática, ressaltando como os gastos de energia em Data Centers têm sido problemas sérios enfrentados por empresas de TI em todo o mundo. Dados do IDC estimam que o crescimento de consumo de energia nesses centros foi de 31% nos últimos 5 anos. Atualmente, segundo Cilento, existem duas formas mais eficientes de economia de energia. Uma delas é o sistema DCIM (DataCenters Infrastructure Manegement), que usa as informações sobre os equipamentos para gerenciá-los de forma a evitar gastos desnecessários de eletrecidade. A outra é a opção de climatização do ambiente.

Jorge Luis, fez uma abordagem mais científica. Sua palestra explicou, sob o olhar da física, os vários caminhos pelos quais a energia se perde. Os cuidados apropriados na hora do planejamento do sistema elétrico que alimenta um Data Center podem diminuir drasticamente o gasto com energia de uma empresa.

Já Francisco Degelo aproveitou sua fala para explicar como funciona os sistemas de climatização e como eles agem na garantia da eficiência elétrica. “A climatização deve ser feita com um estudo cuidadoso dos equipamentos que necessitam dela”, explicou. Segundo ele, para um sistema de refrigeração ser eficiente, o ar frio não precisa estar em todo o ambiente, mas nos pontos específicos onde o equipamento precisa dele. Quanto mais específico for o equipamento de climatização para o ambiente no qual ele ficará, melhores serão os resultados.

O congresso SET é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América Latina. A edição 2013 acontece entre 19 e 22 de Agosto no centro de convenções Imigrantes em São Paulo. Serão mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.

O passo a passo da TV


Foi realizada durante o fim da manhã da última terça-feira, 20 de agosto, o painel “Infraestrutura, do modelo à operação”. Os 6 palestrantes convidados falaram das etapas que cada emissora precisa passar para ir ao ar e discutiram novas tendências e tecnologias utilizadas.

As etapas discutidas foram: modelo, projeto, gerenciamento de projeto, aplicação de projeto e produto. Os modelos de operação Localcast, Centralcast e Remotecast foram explicados, bem como as suas vantagens e desvantagens e a infraestrutura que cada um requer. Outro fator importante é a execução do projeto de infraestrutura, que deve dividir em conceitual, pré-projeto e executivo. Tais etapas consideram pontos fundamentais como a percepção das necessidades do cliente, a identificação de problemas e a preocupação com a ergonomia da estrutura e os sistemas de energia. “No nosso negócio, na TV aberta, a energia passou a ser uma neurose. Não pode falhar um instante ou a gente fica fora do ar”, completou o moderador Nivelle Daou (SET/Rede Amazônica).

Os modelos de transmissão em HD e 4K foram os mais comentados. Para Daniele Souza (AD Digital), embora as transformações visem o lado financeiro, a indústria também busca desenvolver tecnologias que buscam o conforto e a imersão do usuário. Luiz Botelho trouxe a realidade das emissoras e falou sobre o redimensionamento dos recursos para o jornalismo ”ao vivo” em HD. Outra questão abordada foi o planejamento da emissora pensando em tecnologias que podem ser aplicadas no futuro. “A questão do planejamento é imprescindível para sabermos lidar com esses 22 canais (de áudio, na transmissão 4K) quando eles caírem no nosso colo”, explicou.

O congresso SET é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América Latina. A edição 2013 acontece entre 19 e 22 de Agosto no centro de convenções Imigrantes em São Paulo. Serão mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.

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