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TV convencional perde espaço para vídeo sob demanda, indica estudo

Texto publicado em: FNDC

02/09/2011 |
Talita Moreira
Valor Online

SÃO PAULO – Embora a televisão tradicional continue sendo a forma mais comum de assistir a vídeos, os serviços sob demanda começam a ganhar importância, mostra estudo divulgado hoje pela Ericsson.

O levantamento, feito em 13 países, aponta que 33% dos telespectadores assistem a programas de televisão sob demanda mais de uma vez por semana. Em 2010, essa fatia era de 30%. Também aumentou (de 23% para 25%) a parcela dos que, pelo menos um dia por semana, vêm vídeos contratados sob demanda, enquanto subiu de 26% para 29% o número de entrevistados que afirmam ter baixado vídeos da internet.

A televisão convencional, transmitida via radiodifusão, continua sendo a forma mais popular: 84% dos entrevistados dizem que assistem à grade de programação das emissoras ao menos uma vez a cada semana. No entanto, essa parcela recuou sensivelmente. Era de 88% no estudo feito em 2010.

“O vídeo sob demanda está ganhando espaço rapidamente. Os resultados ultrapassaram nossas expectativas”, afirma Luciana Gontijo, chefe do ConsumerLab da Ericsson na América Latina. Segundo ela, não há dados individuais sobre o Brasil, mas um estudo específico sobre o país está sendo elaborado e deve ficar pronto em outubro.

Na pesquisa, foram ouvidos 13 mil pessoas nos seguintes mercados: Alemanha, Austrália, Áustria, Brasil, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Reino Unido, Rússia, Suécia e Taiwan. Também foram feitas 22 entrevistas qualitativas na Alemanha.

No Brasil, foram feitas mil entrevistas, nas quais a empresa ouviu telespectadores das classes A, B e C que vivem nos grandes centros urbanos e têm idade entre 18 e 65 anos. Portanto, o estudo não é um retrato fiel da população brasileira.

A Ericsson também detectou que mais de 40% dos telespectadores desses países têm o hábito de navegar pelas redes sociais ao mesmo tempo em que veem TV.

Na avaliação de Luciana, esse é um fenômeno importante. A internet possibilita que o espectador envie seu próprio conteúdo e se manifeste. “Há mais liberdade de expressão, mas por meio das mídias sociais a audiência também impõe limites e critica instantaneamente a programação quando não gosta de alguma coisa”, afirma.

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