Texto publicado em: FNDC
21/10/2011 |
Georgia Jordan
Tele Síntese
Middleware de interatividade da TV digital aberta, no entanto, deve ser complementar à TV conectada
"O Ginga vem em 2012". A afirmação foi consenso entre especialistas e executivos do setor de televisão durante debate sobre interatividade no Fórum TV do Futuro, realizado nesta sexta-feira (21) em São Paulo. A forma como a tecnologia de interatividade da TV digital aberta deve ser implementada, no entanto, será apenas complementar à interatividade da TV conectada à internet, principal aposta de fabricantes, consultores e acadêmicos.
"O Ginga com certeza virá mais forte a partir do ano que vem, mas ele virá como plataforma complementar. O Ginga vai ser parte da Smart TV", disse a gerente de produtos de TV da LG, Fernanda Summa. A fabricante lançou, até agora, apenas um aparelho com o middleware embarcado, mas já o tirou de linha. Summa afirma, no entanto, que boa parte dos televisores vendidos no ano que vem terão Ginga embarcado, e 100% terão conversor para a TV digital.
A probabilidade do governo tornar o Ginga obrigatório, no entanto, diminuiu a resistência no setor, que afirma que as emissoras não estão produzindo conteúdo interativo para justificar o uso do middleware. O professor Marcelo Zuffo, do ISP-USP, lembra ainda que o tipo de interatividade do Ginga é limitado, uma vez que depende da mediação da emissora e não tem canal de retorno próprio, no momento, como nos aplicativos que dependem apenas de conexão com a internet.
"Interatividade na TV aberta não é vantagem nem para o radiodifusor, nem para o telespectador", resumiu o mediador do debate, o jornalista Ethevaldo Siqueira.
O consultor Walter Duran, por sua vez, lembrou que o modelo de interatividade na TV ainda não está fechado. "Interatividade é uma coisa pessoal, a TV é coletiva. A interatividade polui a tela", afirmou.
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