Texto publicado em: Congresso da SET
Ultimo dia de sessões do Congresso da SET concentrou as discussões sobre as possibilidades interativas tanto via broadcast, pelo uso do Ginga, quanto os dispositivos de segunda tela.
Foto: Francisco Filho
Brasil 4D
Moderada por o Prof. Dr. Andre Barbosa (EBC/SET) a palestra “Brasil 4D. TV Digital Interativa a serviço da inclusão social” trouxe ao congresso da SET 2013 especialistas que discutiram o mundo da interatividade na TV, seu desenvolvimento, questões a solucionar e possibilidades de aplicações de vídeos interativos nos países que já adotaram o standard ISDB-Tb a partir dos conhecimentos adquiridos no projeto homônimo realizado em João Pessoa na Paraíba com cem domicílios cujos moradores estão inscritos do programa Bolsa Família.
Segundo Barbosa, a “TV Digital é uma plataforma que permite à indústria televisiva um salto de qualidade na oferta de seus produtos em todo o mundo. Som digital com qualidade sourround e imagem HD se somam a facilidades como multiprogramação e especialmente a partir do Brasil, da utilização do middleware Ginga, recomendação UIT para os mundos da radiodifusão e IP para o uso de conteúdos interativos”.
O superintendente de Suporte e Operações da Empresa Brasil de Comunicações (EBC), André Barbosa adiantou no Congresso SETR 2013 que o projeto Brasil 4D, realizado em João Pessoa “será estendido a uma das maiores capitais do Brasil e em quatro países de América Latina (Uruguai, Peru, Equador e Costa Rica), e logo farão o teste em Paraguai, Bolívia, Chile e Botswana. “Assim passamos a dizer para o mundo que não se esqueça da TV aberta e do modelo participativo”.
Madrilena Feitosa (Lavid / UFPB) explicou o projeto realizado em João Pessoa que durante três meses (dezembro 2012 – março 2013) se realizou com 100 beneficiários do plano “Brasil Sem Miséria”, que assistiram, em suas TVs, a primeira exibição de vídeos interativos. Para isso, cada uma das famílias recebeu da EBC um set-top box, equipamento que, acoplado à TV, permitiu a interatividade no canal de serviços do Governo Federal por meio do controle remoto.
A professora Cosette Castro, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Católica de Brasília (UCF) disse que na pesquisa realizada em João Pessoa se percebeu que “houve grande aceitação dos conteúdos locais (empregos e cursos)” e que para as 100 famílias participantes no estudo sobre a interatividade na TV Digital foi o conteúdo relativo a “educação financeira, mas o mais difícil por causa da quantidade de texto”.
Cosette revelou ainda que o estudo permitiu estabelecer que nas 100 famílias de baixa renda escolhidas existe um “baixo nível de alfabetização/baixa alfabetização digital, que a maior parte dos chefes de família são mulheres; que o trabalho deles em geral é bico – sem carteira assinada; que são famílias multinucleares; que só 6% tem acesso a internet e 94% possui celular pré-pago (uso para trabalho).
André Terra da Intacto explicou aos presentes que nos testes realizados em João Pessoa se percebeu que a audiência registrada no estudo se percebeu que a qualidade de imagem e do sinal teve influência no ibope dos canais com emissão digital. “Não é o conteúdo o que importa, o que importa é que o sinal chegue lá”, afirmou.
Para Terra, “o maior problema é saber quão preparado está o mercado para afrontar o apagão analógico. É preciso que as emissoras saibam como esta chegando o seu sinal digital”, disse Terra.
Para André Barbosa, é preciso avaliar o mercado e ir a campo, “o Brasil 4D é um projeto que é tão experimental que ainda não está na legislação brasileira, mas nós estamos empenhados em que ele continue e se estenda a novas cidades e países”.
Segundo Barbosa, o projeto Brasil 4D foi importante para colocar a Interatividade na agenda pública. “Agora é preciso definir a posição do serviço de interatividade na televisão. Com estes testes as pessoas passaram a discutir a Interatividade,” disse.
O congresso SET é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América Latina. A edição 2013 aconteceu entre 19 e 22 de Agosto no centro de convenções Imigrantes em São Paulo. Foram mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.
Broadband TV x Broadcast TV
Realizado no período da manhã, durante o congresso SET 2013, o painel OTTs e TVs conectadas: harmonização de conteúdo. Broadcast x Broadband debateu os desafios e potencialidades de integração dos dois sistemas de entrega de conteúdo. Foram apresentadas as experiências em HbbTV, sistema híbrido de televisão desenvolvido na Alemanha e o Hybridcast em desenvolvimento pela NHK. Além destes cases, o painel contou com a participação de Agnaldo Boquimpani, consultor DTV, apresentou dados sobre o consumo dos dois sistemas por uma parcela significativa da audiência que já está fazendo uso tanto do sistema broadcast quanto Broadband e ao mesmo tempo. Ou seja, para Boquimpani, a simultaneidade e harmonização já aconteceu por parte do consumidor. Falta, agora, a indústria se adaptar a este novo comportamento.Christoph Dosh, da IRT, apresentou os padrões da hbbtv e suas funcionalidades utilizando o html 5. Afirmou que ainda não existe uma ligação entre o Broadband e o broadcast nas telas das novas TVs conectadas, mas que esse é o futuro da televisão. O hbbtv já está sendo utilizado por vários países da Europa, tais como: frança, suíça, Áustria, Alemanha, polônia e Holanda. Outros países como, o reino unido, Portugal e Rússia, estão fazendo testes e países como Austrália, Japão, china e países do continente africano estão interessados em conhecer o sistema. Até dezembro de 2012 havia 1.4 milhões de dispositivos no mercado capaz de receber a hbbtv e 59% destes dispositivos estavam conectados na internet. Para 2013, espera-se fechar o ano com 12 milhões de aparelhos aptos para a hbbtv e que destes, 8,5 milhões estejam conectados na internet.
Por fim, Masaru Takechi, apresentou a experiência da NHK na utilização do Hybridcast, que também faz a integração dos sistemas Broadband e broadcast usando o html 5. Takechi apresentou experiências interessantes que o sistema permite em segunda tela ou conteúdo interativo e on demand via o sistema Broadband, totalmente integrado ao conteúdo broadcast. A NHK sempre considerou que esse sistema hibrido era mais do que simplesmente um tocador de conteúdo, assim a emissora entende o sistema hibrido como uma prestação de serviços integrados ao broadcast. Com isso, vários modelos de negócios podem ser constituídos para monetizar os aplicativos. O lançamento da versão hibrida vai ocorrer em 02 de setembro deste ano, e esse serviço teste poderá ser acompanhado pelos receptores já disponíveis no mercado.
O congresso set é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América latina. A edição 2013 acontece entre 19 e 22 de agosto no centro de convenções imigrantes em São Paulo. Serão mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.
Transmissão via satélite
O Congresso SET 2013, discutiu os padrões de transmissão de TV Digital via Satélite, conceitos técnicos e custos típicos envolvidos para contribuição e distribuição de conteúdos audiovisuais, fazendo maior ênfase nas novas tecnologias utilizadas para aumento da eficiência espectral e consequente redução de banda associada ao conteúdo transmitido.Ainda foram discutidas as alternativas e cenários para decisão das emissoras, entre economizar nas operações do dia-a-dia, ou aproveitar a oportunidade e migrar de vez para o Full-HD sem grande aumento de custos.
Cristiano Benzi (EUTELSAT) explicou os ensaios mais recentes e experiências inovadoras de transmissão de TV de Próxima Geração. Abordou os estudos em TV UltraHD com a primeira transmissão efetuada na Europa de TV 8K "SuperHivision" via satélite em colaboração com a NHK, BBC, EBU e RAI e do Canal de Demonstração de TV 4K hoje no ar via satélite Eutelsat 10A.
Ainda abordou o uso de Banda Ka para aplicações profissionais de TV e de consumo de vídeo. No fim, introduziu aos presentes sobre o NewsSpotter, o sistema inédito, leve e full-IP que segundo ele “está revolucionando a área de SNG em Banda Ka na Europa”.
BartVan Utterbeeck, (NEWTEC) explicou como o consórcio DVB está em vias de definir um novo padrão mais avançado para estender o atual padrão DVB-S2, com previsão de publicação ainda em 2013. Como com novas ordens de modulação são obtidos mais bits/símbolo, e especialmente como o uso de filtros avançados é possível açcançar um aumento da eficiência espectral, trazendo assim novas perspectivas para as emissoras de TV em termos, tanto em externas com contribuição, como na distribuição, interiorização da TV Digital e nas transmissões de TV de nova geração.
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Mídia e conectividade
Realizado no período da manhã, durante o congresso SET 2013, o painel Mídias e Conectividade: como a internet, as redes sociais, a simultaneidade e a convergência das mídias estão definindo um novo cenário?, foi realizado em forma de debate com a moderação de Roberto Franco, do SBT e a apresentação d e Juliana Sawaia, representante do IBOPE.Sawaia forneceu dados referentes a uma ampla pesquisa que o instituto realizou com o objetivo de conhecer o padrão de comportamento da audiência e sua conectividade com outras plataformas e ferramentas de compartilhamento. E os números impressionam. 55% dos brasileiros consomem TV e internet simultaneamente e muito dessa simultaneidade está no crescente acesso aos tabletes, smartphones e outros celulares com acesso à internet. “Simultaneidade e convergência são palavras chaves no novo contexto midiático, onde os meios são consumidos nas mais varadas combinações e formas”, afirma Sawaia.
Mas a pesquisa também demonstra que o consumo de mídia tradicional ainda é muito superior ao de mídia digital. Porém, o rápido e constante crescimento da mídia digital é que tem chamado a atenção, além do alto consumo de vídeos.
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Ginga é tema discutido no Congresso SET 2013
A plataforma de TV Digital desenvolvida no Brasil, o Ginga, foi alvo de debates em um dos últimos painéis do Congresso SET 2013. Sob a moderação de Aguinaldo Boquimpani, os palestrantes colocaram em discussão os pontos polêmicos da implantação e da utilização da TV Digital no Brasil. O painel contou com as participações de Gorngônio Araujo, da RNJ; Madrilene Feitosa, da UFPB (Universidade Federal da Paraíba); Shyrles Monteiro e Felipe Iasi, da Rede Record e William Machado, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).Segundo Araújo, a distribuição do sinal digital está avançando rapidamente em todo o território brasileiros. Já são cerca de 800 instituições ligadas por fibra ótica em todos os Estados brasileiros. Além disso, o projeto Ginga.Labs BR se aliou à 10 emissoras públicas de TV para produção de conteúdo interativo. Outro exemplo de projeto de sucesso com utilização da plataforma é o Brasil 4D, desenvolvido na UFPB. Através dele, a TV Digital foi levada à 100 famílias de baixa renda com o objetivo de levar informações de serviço à essa população.
No entanto, os desafios ainda são muitos. A Record possui atualmente 6 aplicações de TV Digital no ar, mas ainda há muitos recursos ainda não utilizados. “Existem recursos interessantes que a gente não usa porque a plataforma ainda não suporta”, explicou Monteiro. William Machado ainda frisou que outra dificuldade está na falta de um modelo de negócios que permita a captação de recursos de forma eficiente e que torne essa tipo de transmissão lucrativa. “Para a implantação do Ginga, falta um modelo mercadológico claro”, explicou.
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Cobertura eficiente
Foi realizado durante o almoço do último dia do Congresso SET 2013, 22 de agosto, o painel “Cobertura eficiente: a posição da antena de transmissão na torre causa deformação no diagrama de (ir)radiação: mito ou verdade?”. Os debates envolveram a importância do equipamento para as transmissões.Mario Lensing (Kathrein) defendeu que enquanto nos preocupamos com os transmissores e outros equipamentos técnicos, não gastamos o devido tempo pensando na antena, sendo que é através dela que todo o gasto da transmissão vai sair. Outro fator relevante é a vida longa de uma antena, ou seja, é preciso projetá-la pensando a longo prazo. A importância da antena passa pela preocupação com o serviço que você quer prestar e o que o cliente espera de você. “O projeto junto com a antena é muito importante, senão você vai investir na transmissão e não vai adiantar”, explicou.
Os palestrantes falaram sobre a localização da antena na torre e sua influência no diagrama de irradiação. Também foram abordados temas como a imprevisibilidade da antena e o tabu que é dividir o topo da torre com outras emissoras que não sejam do mesmo grupo no Brasil.
Encerrando, Tomasz Borodo (RFS) trouxe exemplos de antenas e torres adequadas para cada tipo de transmissão e para números variados de broadcasters. Além disso, questionou sobre a necessidade de investir em novas estruturas de torres.
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As novas tendências da mídia
O painel moderado por Claudio Eduardo Younis, da Eletro Equip, falou sobre TI e discutiu as tecnologias disponíveis, como as empresas de broadcasting estão trabalhando para trazer inovação aos seus consumidores e quais as tendências para o futuro da mídia digital. Participaram do painel os palestrantes Salustiano Fagundes, da HXD Solutions; Higo Marques, da Cisco; Fernando Albuquerque, da RTP; João Padilha, da Net e Maurício Vieira, da Civolution.Entre as principais novidades de inovações para o futuro, os aplicativos para conteúdo on-demand e as plataformas de Segunda Tela parecem ser as opções mais próximas e promissoras. Segundo Albuquerque, a tendência é que o usuário peça cada vez mais das empresas de broadcasting. A experiências de assistir à TV deve se tornar cada vez menos passiva. Assim, as tecnologias que permitem uma maior participação do usuário na experiência de assistir TV devem fazer sucesso com os telespectadores. “O consumidor mudou de perfil. Eles têm um nível de engajamento maior agora”, concordou Salustiano Fagundes.
Enquanto a Cisco mostrou o Videoscape, seu novo aplicativo de convergência de conteúdo em telas de TV, smartphones e tablets, a Civolution é um bom exemplo de empresa engajada nos trabalhos com tecnologias de Segunda Tela. Essas plataformas permitem que as empresas tenham uma relação one-on-one com a audiência. A entrega de mais conteúdo e a possibilidade de engajamento permite a fidelização do telespectador e, assim, o aumento da audiência. “Foi feito um aplicativo de Segunda Tela de The Walking Dead na Inglaterra e observou-se um aumentou na audiência do programa na TV em 75%”, exemplificou Vieira.
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Painel do Congresso SET 2013 fala sobre medidas em DTV
A última manhã do Congresso SET 2013 começou às 9h da quinta-feira (22/08). Na sala 2 do pavilhão de exposições Imigrantes, o moderador Alberto Paduan, da TV Cultura, recebeu Eliésio Silva Jr, da Tektronix, para um workshop sobre medidas em DTV.Silva começou sua apresentação problematizando a necessidade de técnicas e ferramentas que possam medir e monitorar os vários aspectos de transmissão de sinal para garantir uma boa experiência para o usuário. “Hoje se fala muito em qualidade de serviço, mas não se fala em qualidade de experiência do telespectador em casa”, ele alertou. Segundo ele, é preciso levar em consideração que a opinião do usuário sobre qualidade de serviço é muito subjetiva, levando-se em consideração que diferentes pessoas veem e ouvem de diferentes formas. Assim, é preciso trabalhar com métricas subjetivas e objetivas, mas sempre avaliando a experiência final.
Um exemplo de medição importante para que se garanta a eficiência do serviço de produção e distribuição de conteúdo é a cromaticidade. Com a perda de bits durante a transmissão do sinal digital, as cores originais do vídeo podem ser perdidas durante sua exibição para o telespectador. Existem ferramentas que permitem que o sinal seja monitorado de modo a garantir que as cores sejam entregues corretamente.
Outro problema decorrente das falhas do sinal digital é o LipSync. Para garantir que áudio e vídeo estejam sincronizados dentro da faixa de tolerância, é preciso que procedimentos métricos sejam adotados. A forma subjetiva de avaliar problemas com LipSync não é eficiente porque nosso cérebro se ajusta, fazendo parecer que foi corrigido um problema que ainda existe. Assim, se faz necessário também o uso de métricas objetivas, que pode ser feito com a ajuda de várias tecnologias disponíveis para esse fim.
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O futuro da TV
O Congresso SET 2013 promoveu na manhã de seu último dia de atividades (22/08) o painel “Consumo: qual será o futuro da televisão brasileira? TV aberta, TV por assinatura, TV Web, vídeo na internet...?”. A discussão falou sobre as transformações do mercado, tendências e possibilidades futuras.O palestrante Marcelo Coutinho (Portal Terra) falou sobre como estamos saindo do modelo do broadcast e entrando no modelo de consumercast, no qual o consumidor quer guiar a sua própria experiência. “O consumidor hoje não quer mais estar submetido à engenharia do software ou seja lá o que for”, explicou.
De acordo com ele, o que nós vendemos não é conteúdo, mas sim a atenção das pessoas atraídas por ele. Assim, a saída é encontrarmos formas de otimizar a atenção do telespectador. Ele também lembrou que o consumo de conteúdo pela internet já é maior do que através de revistas e jornais, que o tempo das pessoas navegando na internet já é maior do que assistindo TV e que quem faz as duas coisas ao mesmo tempo volta sua atenção para a internet. “Não adianta a gente pensar um meio versus o outro. Acho que cada vez mais a gente vai ter que pensar um jeito que os meios se integrem”, finalizou.
Thiago Guimarães (pesquisador INPI-CNPQ) mostrou como pode ser o futuro do consumo de TV e de anúncios a médio prazo, considerando produtos já patenteados por grandes empresas de tecnologias. As multiplaformas e a segunda tela permearam as discussões do painel. Todas essas novidades e mudanças estão transformando as carreiras e áreas, e levando, cada vez mais, à microespecialização.
O moderador Luiz Gurgel (TV Jornal PE)falou sobre como a TV aberta ainda domina o setor de publicidade diante de outras mídias, mas que, ainda assim, será necessário usar a criatividade e descobrir como complementar seu conteúdo nas multiplataformas, desafio que também faz parte do futuro da TV por assinatura.
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O novo consumo de vídeos
O Congresso SET 2013 realizou na tarde de quinta-feira, 22 de agosto, o painel “WebTV – Como as novas plataformas de tecnologia redefinem nosso consumo de vídeos”, onde cinco palestrantes falaram dos rumos do consumo de vídeos com as novas tecnologias.Mais uma vez , as multiplataformas dominaram as discussões. As pessoas estão consumindo cada vez mais conteúdos em mídias em duas ou mais telas. Esse consumo acontece de forma descontrolada, pois surge de acordo com a evolução de acesso das pessoas às tecnologias, como aparelhos, banda larga e internet móvel. Esse uso fragmentado torna cada vez mais difícil manter a atenção do usuário e lança a necessidade de desenvolvermos novas ferramentas para alcança-lo. “Essa é a nossa realidade e nós precisamos preparar o nosso conteúdo para essa realidade”, comentou Sandra Gimenez (Youtube).
O contexto em que a pessoa está inserida influencia a escolha do aparelho que será usado, bem como a atividade a ser realizada influencia na escolha da tela. Os novos aparelhos impulsionaram as mudanças de hábito de consumo dos telespectadores: a TV é a tela mais consumida de forma simultânea, as atividades mais comuns enquanto uma pessoa assiste TV é usar a segunda tela para fazer buscas e comentar nas redes sociais o que está assistindo.
Os consumidores multitarefas querem ter uma experiência personalizada e adaptada ao seu estilo de vida. Segundo Sebastiano Fagundes (HDX), um novo ecossistema está sendo formado, um ecossistema onde TV e internet começaram a se misturar. “Mas não é a morte da TV como alguns previam, é o início da nova era de ouro da TV e essas tecnologias é que vão ajudar”, afirmou.
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