Não se engane,,, Bolsonaro saiu mais forte depois da postagem do vídeo do carnaval. Pelo menos para um público específico.
Bolsonaro sabe perfeitamente quem o ajudou a ganhar as eleições: os militares e os moralistas. Fazem parte deste segundo grupo a grande maioria dos evangélicos. Por isso o presidente não pode se dar ao luxo de perder o apoio de nenhum deles.
A questão é que as trapalhadas que a família Bolsonaro faz acabam se voltando contra eles mesmos. No dia do falecimento do neto de Lula, o filho Eduardo Bolsonaro fez uma postagem no Twitter chamando Lula de "larápio" e que "iria posar de coitado".
A repercussão foi muito negativa até ao ponto de que uma das lideranças mais atuantes nas redes sociais e no meio evangélico também reprovou a atitude do Eduardo.
Esta puxada de orelha não pode passar desapercebida por Bolsonaro e na tentativa de recuperar o apoio dos evangélicos o presidente fala mal do carnaval. Festa impopular para este público. Carnaval é a festa da carne, onde a depravação e a libertinagem correm solta. Isto é o que é pregado em todas as igrejas desde sempre. Ao expor isso de forma generalista Bolsonaro somente reafirmou este sentimento nos moralistas. Basta ver a repercussão da Hastag #bolsonarotemrazao. Milhares apoiaram o presidente e a forma corajosa que ele teve de expor o que o carnaval realmente é.
Não deu outra. Malafaia, desta vez, não apenas tuitou, mas gravou um vídeo em total apoio ao presidente.
A fidelidade do público evangélico aos salvadores da pátria contrários ao Comunismo, Socialismo e ao PT é muito forte. Somente um fato (ou boato) contrário e proporcional ao tamanho de sua fé é que podem abalar esta relação.
Isto já aconteceu antes, quando Fernando Henrique Cardoso se recusou a responder a pergunta se acreditava em Deus e acabou perdendo a eleição para a prefeitura de São Paulo em 1985 e também com Collor de Melo, que começou a perder apoio dos evangélicos quando surgiu o boato de que a Esposa de Collor à época fazia rituais de macumba nos porões do palácio.
Bolsonaro já demostrou que se preocupa muito com a opinião dos evangélicos. No período de transição de seu governo a bancada evangélica vetou o nome de Mozart Ramos para o ministério da Educação.
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