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O fim do comercial de 30 segundos

Muitos afirmam que o jornalismo impresso irá acabar em menos de 15 anos. Agora é o comercial de 30 segundos na televisão que vem sofrendo predições nada otimistas. Joseph Jaffe, profissional ligado ao marketing nos EUA, afirma sem nenhum constrangimento que o comercial de 30 segundos da TV mundial está com os dias contados. Para Jaffe, a fórmula não funciona mais e explica o porquê disso: a grande fragmentação da audiência.
TV por assinatura, Internet, DVD, grande oferta de canais, games e celular, estão fazendo com que cada vez menos pessoas estejam assistindo a um mesmo programa de TV ao mesmo tempo. E para que o leitor compreenda a importância deste argumento, os comerciais na televisão têm o preço estipulado exatamente pela quantidade de pessoas que, de uma forma estimada, estão assistindo a televisão naquele momento. É o famoso IBOPE. Quanto mais gente assiste a um determinado programa de TV, mais caro é o comercial veiculado nos intervalos do programa. Se a audiência cai, também cai o preço do comercial e, em muitos casos, o programa chega a ser retirado do ar.
Mas o problema, que até pouco tempo estava restrito a alguns programas, agora passa a ser uma crise em toda a estrutura televisiva. Se o comercial de trinta segundo não cumpre mais seu papel, como as emissoras de televisão irão cobrir seus custos? Essa é uma crise que as novas tecnologias estão impondo aos proprietários de televisão de todo o mundo.
E para o anunciante? É possível atingir metas sem o comercial de televisão? Sim, é possível. A PEPSI, marca de refrigerante, realizou uma campanha de lançamento de produto nos EUA em diversos meios, e pela primeira vez, não produziu um único comercial para televisão. A questão é que televisão é muito caro, e hoje a Internet possibilita atingir um público do mesmo tamanho que a televisão com preços muito mais acessíveis.
A verdade é que todos os meios tradicionais de mídia estão sendo desafiados em sua estrutura e também os profissionais responsáveis em divulgar produtos e serviços. O marketing já não é o mesmo. O futuro também já chegou à propaganda.

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