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A explosão da Banda Larga

Uma revolução está para acontecer neste país. Ela se chama Banda Larga. Seja pelo Plano Nacional de Banda Larga, seja pelas empresas privadas, o Brasil não pode mais se dar ao luxo de ocupar a 66ª posição no ranking mundial elaborado pela Ookla, empresa responsável pelo teste online Speedtest, o Net Index que classifica os países de acordo com os testes de velocidade feitos por usuários domésticos de banda larga. Não dá mais. Todos os investimentos, planos de desenvolvimento, convergências e modelos de negócios das operadoras de TV paga, Teles, provedores de internet e TV aberta Digital para os próximos anos, perpassam pela infra-estrutura de Banda.

Este foi o tema do 3º Painel no congresso da ABTA, realizado em São Paulo nos dias 10, 11 e 12 de agosto/10. A mesa de debates contou com a presença de representantes das principais operadoras do mercado de TV paga e Banda Larga no país, e também, com a participação do presidente da Telebrás, Rogério Santana, questionado várias vezes sobre o PNBL.

Na abertura do Painel, Carlos Kirjner, um dos responsáveis pela estruturação do plano de banda larga nos EUA, apresentou os principais fatores que levaram aquele país a ocupar um lugar privilegiado no fornecimento de Banda Larga. Atualmente, 95% da população americana têm acesso a Banda Larga. Este sucesso se deu devido a dois fatores importantes: a competição entre as empresas privadas e a utilização da infra-estrutura do setor de telefonia que veio se desenvolvendo desde o século XIX. Kirjner faz algumas críticas ao PNBL brasileiro, principalmente à criação de uma empresa estatal para atuar no setor. Para ele, uma empresa governamental poderá comprometer o nível de investimentos das operadoras privadas.

Entretanto, a posição da Telebrás é firme neste sentido, e aposta no PNBL para ampliar a concorrência no setor e, principalmente, atender as cidades que não são comercialmente atraentes para as grandes ou pequenas operadoras. Veja vídeo abaixo.



Se as grandes operadoras são desfavoráveis ao PNBL, as pequenas prestadoras do serviço de TV a cabo e acesso a Banda Larga não. Muito pelo contrário, esperam ansiosamente a concretização do plano para que possam competir no mercado. “Pela primeira vez, vamos poder competir com as grandes”, afirmou Aldo Roberto Silva, gerente geral da Cabo Natal.

E há um mercado enorme para aqueles que queiram entrar no negócio. Ana Luiza de Melo, gerente de regime geral da Anatel, apresentou dados animadores. Desde 2000 pouquíssimas outorgas de TV a cabo foram liberadas pela Anatel. Entretanto, a agência reguladora retomou a liberação de outorgas a cerca de 900 municípios e ainda está analisando o processo de mais de 1000 pedidos que estavam parados. Em sua fala, Ana Luiza instigou os presentes a investirem em novas empresas, apresentando dados de regiões do país onde a prestação de TV a cabo é baixa ou inexistente.

O presidente da Telebrás ainda afirmou que até o final do ano, 100 cidades já contarão com PNBL, sendo assim possível, estabelecer novas empresas e concorrência em um setor tão importante para o desenvolvimento do país.

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