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Segunda tela: você ainda vai ter uma?

Em mercados audiovisuais de países desenvolvidos como EUA, Japão e boa parte da Europa, a utilização de tabletes ou smartphones enquanto se assiste à televisão é um hábito que vem crescendo de forma significativa. Apenas nos EUA essa parcela já representa 40% da audiência. Um número importante e que já atrai o interesse de grandes anunciantes em investir em publicidade para este segmento.



Por: Kiko Machado

Durante o ciclo de palestras realizados dentro da NAB 2013, a 2nd Screen Society, realizou uma série de painéis relacionados à segunda tela abordando desde a preocupação com o conteúdo, passando pelas estratégias necessárias para utilização e engajamento da audiência, o retorno sobre o investimento para os anunciantes, até a importância dos aplicativos (app) na experiência com os dispositivos de segunda tela. A 2nd Screen Society é uma entidade que tem por missão “incentivar a criação, produção e adoção de conteúdos, aplicações, dispositivos e a distribuição de sistemas para o engajamento da audiência dentro do ecossistema da segunda tela” e tem como membros, importantes players da indústria de conteúdo audiovisual dos EUA, emissoras de televisão, empresas de tecnologia, softwares, anunciantes e institutos de pesquisa. Nas discussões, que ocuparam toda a tarde do dia 07 de abril, no hotel Encore, a entidade apresentou casos de sucesso, pesquisa e números de um mercado que em 2017 acredita-se chegar a U$ 6 bilhões.

Na palestra “Building a Successful 2nd Screen Strategy and Platform” Guy Finley, diretor executivo da MESA - Media & Entertainment Services Alliance - e da 2nd Screen Society, apresentou dados e conceitos que podem incentivar e auxiliar o uso desta plataforma em larga escala também no Brasil. De início, Finley apresentou o conceito de segunda tela utilizado pela entidade que dirige e que rege todas as ações e estratégias das empresas associadas. Para a entidade, a segunda tela é toda e qualquer “experiência de engajamento da audiência, que inclui a TV Social como um elemento integrante”. Este é um conceito muito importante, pois demonstra que as aplicações em segunda tela não podem estar desvinculadas de promover um fenômeno subsequente à utilização desta plataforma: a TV Social, cuja definição apresentada por Finley nada mais é do que “a habilidade de compartilhar e conversar com sua comunidade enquanto você assiste à televisão”. Na visão da entidade, o objetivo principal na criação de conteúdos para segunda tela resume-se em promover o compartilhamento dos programas por meio das redes sociais como forma de alavancar os índices de audiência da TV em rede, seja em programas ao vivo ou não. Este posicionamento amplia o uso da segunda tela deixando de ser apenas um conteúdo que agrega valor ao programa distribuído pela emissora para ser um dispositivo vinculado a uma estratégia de comunicação que objetiva a participação do telespectador, compartilhando o conteúdo em sua rede de relacionamento de forma atuante (o telespectador fã). Para isso, o conteúdo tem de ser relevante para o telespectador e ser capaz de requerer (a participação dele em enquetes, jogos, criação de conteúdo, tarefas etc.) e prever ações (compartilhamento nas redes sociais) por parte do usuário na construção desta relevância.

Esta tarefa deve ficar a cargo dos aplicativos que se diferenciam do uso da segunda tela de um conteúdo apresentado por meio de um portal de internet, pois permite ações controladas de forma muito mais eficiente. Não por acaso, Finley apresentou parâmetros para que os apps promovam esta diferenciação no uso da segunda tela e apontou algumas regras básicas para uso dos aplicativos (ver quadro).

Leia artigo completo em: Revista da SET

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