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Congresso da SET 2013: qual o futuro da televisão?

Texto publicado em: Congresso SET 2013

Qual o futuro da televisão? Será possível um padrão único de transmissão?

Monitor 4K em exibição na feira Broadcast & Cable
Foto: Francisco Filho



O sistema Super HI-Vision (SHV), esta sendo desenvolvido pela NHK, emissora japonesa com objetivo de criar um experiência mais intensa para o espectador devido a alta qualidade da imagem. O sistema possui uma resolução de 7680 X 4320 pixels, o que resulta em imagens incrivelmente realistas, além do áudio com sistema multicanal 22.2. Yoshiaki Shishikui, da NHK afirmou que o sistema está sendo baseado na visão humana e sua capacidade de absorção de informações. Os testes estão em pleno desenvolvimento no Japão e Shishikui apresentou um cronograma que chamou a atenção dos presentes. Espera-se para 2020 a primeira transmissão via satélite no sistema 8K.

Joe Seccia, da Harris, apresentou os estudos que estão sendo feito para o desenvolvimento do sistema ATSC 3.0 com o mesmo objetivo do padrão japonês: criar uma experiência ainda melhor que o HDTV para o telespectador. Essas novas possibilidades têm por objetivo agregar valor à transmissão broadcasting fazendo com que o negócio continue viável e seja estendido a toda cadeia de valor e uso eficiente do espectro.

Para Liliana Nakonechyj, moderadora da sessão, “os presentes tiveram a oportunidade de verificar o que está sendo pensado e testado para a o futuro da televisão” e que as tecnologias estão estimulando este futuro a chegar bem mais cedo.

O congresso SET é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América Latina. A edição 2013 acontece entre 19 e 22 de Agosto no centro de convenções Imigrantes em São Paulo. Serão mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.

4G/LTE: o dividendo analógico da faixa de 700 Mhz

Realizado no período da manhã, durante o Congresso SET 2013, o Painel Mobilidade: 4G / LTE Desafios de Convivência e Oportunidades tratou da utilização da faixa de 700 Mhz como dividendo do switch off da TV analógico. Pelos relatos apresentados, este é um tema que ainda gera muitos desafios a serem transpostos devido ao apertado cronograma de migração para a TV digital que tem para 31 de dezembro de 2018, data final para desligamento total da TV analógica no Brasil.

A situação requer mesmo muita atenção, pois tanto radiodifusores quanto prestadoras de serviço de banda larga móvel estão lidando com altos investimentos em tecnologia que de nenhum modo podem interferir no negócio de um ou outro. Os radiodifusores entendem que o LTE é uma necessidade, mas querem resguardado o padrão de qualidade de imagem e som em suas transmissões. Julio Omi, da Universidade Makenzie, ressaltou que os principais problemas do LTE na transmissão digital é a saturação do sinal e interferências nos canais adjacentes.

Omi demonstrou os diversos testes que estão sendo realizados pela universidade e teme que estes não estejam completamente finalizados até 2015. Jarbas Valente, da Anatel, afirmou que “a grande preocupação do governo federal é garantir a harmonia entre as antenas para a recepção dos dois sistemas e que os investimentos para isso é da casa de bilhões de reais”. A expectativa do governo é ter o regulamento aprovado em setembro/outubro de 2013. Ponto que chamou a atenção dos participantes da sessão foi ao final das apresentações quando, Eduardo Levi, diretor executivo do SindiTelebrasil - Sindicato de Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal – apresentou a proposta de realização de um relatório comum entre radiodifusores, governo e empresas de telefonia para que os desafios possam ser vencidos mais rapidamente.

O mercado de telefonia móvel “esta promovendo uma revolução silenciosa”, na opinião de Levi, pois os números de adesão do serviço são bastantes significativos. Atualmente o Brasil possui 106 milhões de conexão banda larga e 80% destas, são realizadas por banda larga móvel. Para as cidade com baixa densidade populacional, somente a faixa de 700 Mhz justificaria os investimentos em LTE, pois a possibilidade de irradiação do sinal é de 40 km. Para o moderador da sessão, Fernando Ferreira, da Rede Band, “foi possível visualizar os níveis de obstáculos que temos que vencer e teremos que ter muito cuidado e atenção a partir de agora para que o objetivo de garantir que a TV digital alcance todo o Brasil sem problemas e que a banda larga móvel possa ser ofertada sem prejuízo ao sistema de radiodifusão”.

O congresso SET é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América Latina. A edição 2013 acontece entre 19 e 22 de Agosto no centro de convenções Imigrantes em São Paulo. Serão mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.

Painel discute o contexto das rádios online e terrestres

Mediado por Marco Túlido, do Sistema Globo de Rádio, o painel que teve início às 11h30 do terceiro dia do Congresso SET 2103 falou sobre o contexto atual das rádios terrestres e das suas concorrentes online no Brasil. O painel contou com a presença de André Freitas, da Comscore; Afonso Carrera, do Instituto Fraunhofer; Sérgio Percope, da .mobi; Witterman Carvalho, da Harman Brasil e Gordon H. Smith, presidente da NAB (National Association of Broascasters).

Freitas fez uma grande contextualização de como o Brasil se insere no mercado online. Sendo a sétima maior audiência online no mundo, as possibilidades para aqueles que querem investir nesse setor são muitas. Algumas delas apresentadas por Percope, que mostrou também que a rádio encontra suporte nessa plataforma, surgindo via streaming e com muitas possibilidades para smartphones e tablets.

Enquanto as rádios via streaming estão diante de muitas opções inovadoras de transmissão de conteúdo, aquelas tradicionais que ainda transmitem por sinal terrestre enfrentam alguns problemas. Segundo Gordon Smith, um dos maiores problemas enfrentados pelas rádios tradicionais é não estar nos smartphones e tablets, que “são as plataformas do século 21”. As rádios tradicionais ainda são a forma mais confiável de comunicação devido a sua possibilidade de se manter no ar em situações de crise. Nos Estados Unidos, a NAB está trabalhando para que os celulares voltem a ter receptores de rádio terrestre. “Como política pública, a inclusão de um chip de rádio nos celulares e tablets é muito importante. É uma forma de segurança pública e garantia à informação”, afirmou.

Smith ainda acrescentou que as estações de rádio precisam estar cientes de que estão sendo desafiadas. Os legisladores estão tão focados nos novos recursos online que se esqueceram da importância do rádio tradicional. Fica a cargo dos próprios comunicadores trabalharem em conjunto com os políticos na busca por soluções. “Parte da função de um comunicador é se reunir com legisladores para deixá-los cientes do que você está fazendo para educar e informar a população, e convencê-los a investir na sua área. Não presuma que eles valorizam o que vocês fazem porque eles não sabem o que vocês estão fazendo”, alertou o presidente NAB.

Novo padrão de codificação de vídeos é tema de painel no Congresso SET 2013

Um dos painéis do terceiro dia do Congresso SET 2013 tratou exclusivamente do novo padrão de codecs, o High Efficiency Video Coding, também chamado de HEVC ou H.265. Ministrado pelo professor Cristiano Akamine, da Universidade Mackenzie, o painel teve início às 15h e contou com a participação de Matthew Goldman, da Ericsson; Gabriel Beltrão, da Unicamp; Carla Pigliari, do IME (Instituto Militar de Engenharia); Gustavo Dutra, da Ateme e Matt Mckee, da Telairity.

Os palestrantes dedicaram suas apresentações a explicarem detalhadamente técnicas, vantagens e usos do novo codec. Determinado como padrão em março deste ano, o HEVC é o primeiro codec de vídeos a se tornar padrão desde o AVC, de 10 anos atrás. Em relação ao seu antecessor, o novo padrão consegue encodar vídeos com uma taxa 50% menor de bits, mantendo a mesma qualidade de imagens. “Os ganhos são resultado de um conjunto de novas técnicas e ferramentas”, explicou Beltrão. Apesar de a grande novidade do HEVC ser a possibilidade de facilitação do processo de transmissão de vídeos de maior resolução, o codec é democrático: com ele, várias resoluções de vídeos são atendidas, desde as mais baixas até as melhores.

Apesar da criação de codecs como o HEVC ser um passo grande na estrada até a tecnologia 4K, Matt Mckee aproveitou seu tempo de fala para lembrar que ainda há um longo caminho a ser percorrido. Segundo ele, as tecnologias de televisão de ultra definição já podem ser consideradas o futuro da TV, mas ainda há uma série de problemas a serem resolvidos. Alguns deles são os altos preços dos aparelhos de TV (considerando o fato de que a resolução só é útil a partir de tela maiores de 60 polegadas) e a falta de conteúdo produzido em 4K. “É preciso que quem produz conteúdo evolua junto com a tecnologia disponível”, ele alertou.

O congresso SET é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América Latina. A edição 2013 acontece entre 19 e 22 de Agosto no centro de convenções Imigrantes em São Paulo. Serão mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.

Transmissão via satélite em 4K na Copa de 2014

A palestra “Tendências e inovações das operadoras de satélite para às emissoras brasileiras de TV”, moderada por J. M Cristovam (SET/Unisat), contou com a presença de 7 palestrantes que explicaram como esta o mercado brasileiro de satélites
Para Jurandir Pistch, da SES explicou aos presentes que a empresa já trabalha com “um canal permanente em 4K aberto, hoje o problema é que faltam conteúdos”. Ainda, “o lançamento da SES-6 e entrou em operação em julho com 76 transponderes para o Brasil autorizados pela Anatel para atender a demanda” afirmou Pistch e agregou, “este satélite aumentou 5 vezes a nossa capacidade em termos de cobertura na região”.

Um tema que todos os palestrantes abordaram foram as mudanças nos hábitos das pessoas que criaram e criaram mudanças no padrão de como as pessoas assistem TV, já que segundo eles, cada vez mais são utilizados novos sistemas e plataformas que permitem assistir TV, por isso, a “SES patrocinou o desenvolvimento do padrão que transforma o sinal que vem do satélite em IP para ser distribuído, é um protocolo e um chip-set que funciona como um servidor que permite que os usuários possam receber de 4 a 8 sinais sem codificação em aparelhos móveis”, disse Jurandir Pistch.

Para Lincoln Amazonas Oliveira da Star One, “a tendência a uma mudança na TV Tradicional” já que cada vez mais a Internet entra na casa das pessoas. “a uma mudança de comportamento o que sinaliza para um novo perfil e uma nova gama de aplicações.

“Devemos falar de vídeo e não mais de TV, porque vídeo é mais amplo que TV porque o negócio é mídia em todo lugar e não apenas TV na sala de visita em casa,” disse Oliveira por isso precisamos tecnologias disruptivas porque estas “deslocam ou rompem a tecnologia existente oferecendo algo inovador, trazendo novos atributos”.

Talvez a banda Ka seja uma tecnologia disruptiva porque com ela pode ser utilizada a banda com unidades SNG com veículos pequenos gerando emissão SNG em IP com “transmissão de altas capacidades com custo mais baixo (canais HD e Ultra HD) explicou Oliveira.

Edson Meira, da Telesat explicou o funcionamento dos satélites em Banda KU que são utilizados para distribuição de TV regional, ensino a distancia e TVs corporativas. Ele explicou que o satélite Anik G1 poderá ser utilizado no Brasil em Banda C com um patamar máximo de frequência de 45 dBW.

Bernardo Schneiderman da Inmarsat explicou o sistema GX Global em banda Ka que permitira em 2015 ter uma cobertura mundial. Um dos aspectos interessante da palestra foi a amostra de um equipamento simples que permite emitir via satélite desde situações de guerra onde não é possível levar uma DSNG ou SNG.

No fim, Sergey Tsekmistrov da RSCC (Russian Satelite Communications Company) apresentou a empresa recém-chegada ao Brasil, a empresa pública russa de satélites criada pelo governo russo em 1967.

Hoje a empresa atende 410 canais de TV com um serviço global em 35 países do mundo através de 300 transponderes em operação em 11 satélites GEO na órbita de 14 W até 140 E.

Para Sergey, um dos objetivos da empresa e ter cobertura em Banda Ku através do satélite Express-AM8 da América incluindo o Brasil para de esta forma cobrir o mercado brasileiro.

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Sinais de 4G e TV Digital são temas de painel no Congresso SET 2013

O painel ministrado por Antônio João, da Claro TV, na manhã do terceiro dia do Congresso SET 2013 (quarta-feira, dia 21) trouxe aos ouvintes as principais problemáticas relativas as transmissões de sinais LTE e de TV Digital no Brasil e no mundo. Participaram da rodada de palestras Luis Fausto, da TV Globo; Marcus Manhães, da Fundação CPQD; Glenn Chang, da MaxLinear; Renato Maroja, da Universidade Mackenzie e Carlos Capellão, engenheiro da Vizlink.

O principal foco das palestras foi a questão das interferências sofridas por esses tipos de sinais. Como mostraram Marcus Manhães, Glenn Chang e Renato Maroja, os mais diversos tipos de testes têm sido realizados em vários países na busca de soluções que aperfeiçoem as técnicas de transmissão de sinais LTE e de TV Digital. Uma dessas experiências, feita no Reino Unidos, contou com a participação de 22 mil domicílios e estabelecimentos comerciais, dos quais apenas 15 dentro da área de testes relataram problemas. No Brasil, os testes realizados já puderam identificar em quais situações a interferência do sinal LTE no DTV acontece com mais frequência. “O sinal LTE é facilmente identificado pela mesma antena feita para sinal de TV Digital”, explicou Chang.

Já Capellão focou mais no uso das novas tecnologias de transmissão de sinal para a prática do jornalismo. Segundo ele, as melhorias da modulação e codificação de sinal dos últimos anos têm sido especialmente importantes para a área, permitindo que o jornalista chegue cada vez mais próximo do ideal de transmitir informação de qualquer lugar para qualquer lugar.
O congresso SET é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América Latina. A edição 2013 acontece entre 19 e 22 de Agosto no centro de convenções Imigrantes em São Paulo. Serão mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.

Televisão: oportunidades e ameaças

Realizado no período da tarde, durante o Congresso SET 2013, o painel Radiodifusão: oportunidades e ameaças, contou com a participação de Gordon Smith, CEO e presidente da NAB e Fernando Bittencourt, da TV Globo, em uma sessão de perguntas e respostas moderadas pelo repórter da TV Globo, Álvaro Pereira Júnior. As perguntas foram direcionadas para que os presentes pudessem ter a possibilidade de comparar a atuação do setor broadcasting americano frente aos desafios que a radiodifusão está enfrentando.

Os temas abordaram desde a experiência de switch off nos EUA e as políticas adotadas pelo governo americano até o posicionamentos das emissoras de TV quanto aos novos players de distribuição de conteúdo como Google TV, Apple TV e os serviços OTT, como Netflix. Na opinião de Smith, a grande força do sistema de radiodifusão é o seu conteúdo e este conteúdo é grátis. Esse é um argumento muito forte que deve ser usado pelas emissoras, pois a TV como um veículo de massa, pode atingir um público que o Broadband não pode alcançar ou se tentar alcançar terá um investimento muito grande a ser feito. “a transmissão para os brasileiros é grátis, mas o broadband você paga. Você realmente vai pedir que cada um pague pela televisão? De graça para as massas e muito melhor do que pago para as massas”, afirmou Smith.

Bittencourt corroborou esta ideia afirmando que o "modelo broadband não pode substituir tudo que o broadcast entrega para a audiência. É importante que a gente entenda qual a vocação de cada plataforma. O sistema boradband e um conteúdo sob demanda com um número limitado de usuários, investindo conforme aumento de usuários. No broadcast o conteúdo é massificado. [É entregue] para um numero ilimitado de usuários. Um investimento que independente numero de usuários".

Ponto comum entre os dois mercados é o debate pela taxação do must carry. Nos EUA as emissoras negociam diretamente com as operadoras de TV por cabo o valor do conteúdo capturado por elas. Bittencourt lembrou que na TV Digital essa possibilidade está aberta para as emissoras. Um tema que ainda será bastante discutido no Brasil.

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Robustez e acessibilidade na TV

As recentes avaliações e evoluções da norma entre as emissoras, os trabalhos envolvendo acessibilidade e as soluções envolvendo a plataforma de TV paga. O moderador da palestra “Melhores práticas na TV Digital. Robustez. Acessibilidade. Qualidade”, Carlos Fini (SET/RBSTV) trouxe ao Congresso SET 2013 o close caption e outras formas de acesibilidade para uma melhor TV.

Cláudio Borgo, gerente da Net falou de close caption e como a empresa trabalha neste aspecto. Para transmitir temos um redende em cada cidade desde onde se emite o close caption. “Para isso temos receptores especiais para isso e um modulador que ajuda no processo”.

Para Borgo é fundamental que as configurações, entre elas a de stream MPEG/ DVB-C e a necessidade de harmonizar as normas para poder trabalhar com close caption.

Wagner Medici, diretor da Steno apresentou as acessibilidades para TV CC ( Closed Caption) AD (Audiodescrição) como é no Brasil desde 1997 e como é nos Estados Unidos desde 1980. Para Steno “alem de novas ideias (velhas) para gerar receita, como colocar o patrocínio no selo da TV quando inicia o bloco e voltando logo em seguida o selo da TV. O mais importante são essas novas tecnologias que podem servir para área, programas sobre receitas culinárias, financeira, política, religiosa, firmas de clip e outros”.

Em termos práticos, falou da TV Texto e a TV Câmara que esta em fase de testes. O Rádio texto, para Steno, “é outro conteúdo bem interessante. Há com algumas operadoras de telefonia celular interessadas, e provavelmente o pessoal das emissoras de rádio e tevês venham a criar um novo modelo de negócio. E também os deficientes auditivos irão se beneficiar com o Rádio Texto”.

Para Steno, a acessibilidade através do close caption e o audiotexto “podem gerar receita para sua empresa”.
Edson Moura (SET/Fórum SBTVD) explicou aos presentes que Fórum SBTVD esta pensando em que haverá revisão das normas ABNT NBR 15606-2, ABNT NBR 15606-4 e ABNT NBR 15606-5 e a um estudo do pedido de fabricantes de receptores de TV Digital para revisão da ABNT NBR 15604, e ainda estão em estudo melhorias para a exibição do recurso de Closed Capiton no País.

Arnaldo César, da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (ACERP) explicou que a entidade é Organização Social que tem o contrato de gestão com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). César explicou o projeto TV INES, que pode ser acessada em multiplataformas, de qualquer local que possua conexão com internet.

Assim, segundo César, “modelo de TV Aberta com programação diversificada incluindo filmes, desenhos animados, notícias, produções adaptadas para LIBRAS e produções próprias com apresentadores surdos”.

O congresso SET é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América Latina. A edição 2013 acontece entre 19 e 22 de Agosto no centro de convenções Imigrantes em São Paulo. Serão mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.

Padrões de exibição

A palestra moderada por Francisco Peres (SET/ TV GLOBO) começou com as palavras de Peter Symes, Director, Standards & Engineering da SMPTE (Society of Motion Picture and Television Engineers) que analisou a estrutura de Padrões SMPTE e destacou os trabalhos em curso nos Comitês de tecnologia da Sociedade.

Ainda Symes explicou que a SMPTE está neste momento estudando “novas técnicas de calibragem para maximizar a coerência entre fase de mixagem” em diferentes cenários.

Masahiko Fujimoto, vice-diretor de P&D da ARIB (Associação das Industrias de rádio e negócios) de Japão realizou um esboço as recentes atividades da ARIB relacionadas com padrões de transmissão no Japão e no mundo, e explicou em detalha o funcionamento da entidade.

Segundo Fujimoto para evitar as interferências entre LTE e o DTV “é necessário a separação da banda” e assim liberar o sinal de TV. “Hoje selecionamos três empresas de comunicações para ver que tipo de interferências existem e como estas podem ser minimizadas”.

No meio das palestras técnicas, Fujimoto deixou uma palavra de alento para a implantação da TV Digital no Brasil dizendo que “fiquei muito feliz hoje de manhã quando subi no táxi no hotel. O motorista estava assistindo TV no táxi com um dispositivo one-seg. Isso quer dizer que o nosso trabalho esta no caminho certo”.

Outro dos temas abordados por Fujimoto é a corrida para a emissão de sinal em 4K até 2014 pensando na Copa do Mundo FIFA 2014 no Brasil e que o próximo objetivo de avançar para 8K até as 2016 com as Olimpíadas do Rio de Janeiro e finalmente em 2020 ter tudo o sistema normalizado e padronizado nos Jogos Olímpicos no país.

Hitoshi Sanei da NHK do Japão se explanou sobre as diferenças dos padrões de ISDB-T e a possibilidade de trabalhar com 8 MHz, modificação proposta para os países de África. O Grupo DIBEG (Digital Broadcasting Experts Group) do qual faz parte está estudando os condicionantes e necessidades para a utilização do ISTB-T nos países de continente africano e as diferenças entre as emissões entre ISBT-T com 8-MHz e as de 6-MHz.

A diferença entre 6 e 8 MHz é que a taxa de bit-rate é mais alta sendo que o sinal transportado na transmissão é a mesmo. “Os países africanos utilizam os 8 MHZ para as transmissões de TVs analógicas, e terão de utilizam este tipo de taxa para a TV Digital (…) por isso, temos de nos adaptar. Não é uma questão de melhoria do sinal, mas sem de nos adaptarmos todos a norma que precisa ser utilizada por regulação nos países da África”, disse Fujimoto depois de ser inquerido pela Revista da SET na roda de perguntas aberta no fim da palestra.

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O rádio em foco

Durante a tarde de quarta-feira, 21 de agosto, o Congresso SET 2013 promoveu o painel “Alta performance na produção e distribuição de rádio: qualidade de áudio e cobertura eficiente” moderada por Eduardo Cappia (SET/ EMC Projetos).

O consultor José Cláudio Barbedo fez uma crítica à falta de qualidade de áudio no rádio atual. As pequenas, porém inúmeras, alterações no áudio (clipping) que se tornaram possíveis com os estúdios digitais estragam a qualidade do áudio. “E no final, o que sai não é som”, afirma.

Outro assunto tratado foi a acústica para estúdios de broadcast, que precisa levar em consideração fatores estéticos e comerciais além do fator acústico. Renato Cipriano (WSDG) lembrou que cada usuário tem uma demanda, mas que tudo é possível, desde que seja feito com base em critérios. “É muita coisa que você tem que pensar. E quando você começa a fazer isso dentro de um critério acústico, você não pode errar, porque é tudo muito caro”, explica.

O assunto final do painel foi a migração das AMs para FM. Como pontos centrais da discussão, a necessidade de fortalecer o setor e a importância do conteúdo das AMs. “Nós queremos preservar isso, queremos que isso não se perca, queremos preservar a informação regional”, esclareceu Monique Curvinel, da Abert.

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Loudness no Brasil

O Congresso SET 2013 recebeu no fim da manhã de quinta-feira, 21 de agosto, o painel “Loudness: definições da regulamentação no Brasil”, moderado por Alexandre Sano (SET/ SBT) abordou os pormenores da lei, os problemas para os radiodifusores que não cumprirem a regulação e as suas multas e sansões graves e explicou que o prazo máximo de adaptação é de treze meses.

Thomas Lund (TC Eletronic) trouxe a experiência européia com Loudness para fazer um comparativo com o modelo brasileiro. De acordo com ele, é preciso deixar de considerar as questões de pico e usar a normalização de Loudness. Outro assunto que chamou a atenção foi a qualidade de áudio que se perde na distribuição. “Embora tenhamos maior tecnologia agora, nós temos qualidade pior do que nos anos 70”, alertou.

A lei do Loudness define que não pode haver elevação injustificável do volume nos intervalos comerciais e estabelece alguns números que devem ser seguidos. “A gente não pode perder de vista que a lei surge para resolver um problema, para resolver o desconforto do consumidor”, completa Luiz Fausto, da TV Globo.

A determinação está valendo desde 12 julho passado, mas é válida apenas para emissoras abertas que operam em sinal digital. Antes de entrar em vigor, foram aplicados testes durante dois dias no mês de maio na EBC. “Esses testes sinalizam que estamos num bom caminho”, afirmou Otavio Penna Perante, do Ministério das Comunicações.

Em 2014, deve acontecer uma nova consulta pública que irá ajudar a Anatel a ter uma amostra de como as emissoras estão colocando a lei na prática.

A Lei

A nova regulamentação sobre o controle do áudio entre as programações e os intervalos comerciais das emissoras de televisão que operam no sistema digital estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determina regras para o áudio entre programas e anúncios publicitários. O som neste intervalo deve ser padronizado de forma que a sua variação não ultrapasse 2 LU - unidade de medida relativa da intensidade subjetiva de áudio, de acordo com algoritmos definidos na Recomendação EBU R-128-2011 – já que de acordo com a portaria de nº 354/2012, “a intensidade subjetiva de áudio (Loudness) dos blocos de programas deverá ser centrada em -23 LKFS, com tolerância, para mais ou para menos, de 2 LKFS”.

Segundo a portaria, o Loudness é a “intensidade subjetiva de áudio – percepção da intensidade do som ou dos sinais de áudio quando estes são reproduzidos acusticamente, tratando-se de uma função complexa, que pode ser medida objetivamente por meio de algoritmos definidos na Recomendação ITU-R BS.1770-2 e na Recomendação EBU R-128- 2011”.

Assim, “para efeito de fiscalização, serão analisadas seis amostras de áudio de uma programação, cada uma contendo um bloco de programa e o intervalo comercial imediatamente posterior, respeitado o disposto neste artigo”, explica a portaria, que afirma que “quando em, pelo menos, duas das seis amostras a intensidade média subjetiva do áudio do intervalo comercial for superior à do bloco de programa a ele anterior em mais de 2 LKFS, será caracterizada infração ao disposto na Lei nº 10.222, de 9 de maio de 2001”.

Se houver infração, “a entidade fiscalizada será advertida, dispondo do prazo de trinta dias para que proceda à padronização do nível de áudio de seus programas e intervalos comerciais, na forma do artigo 3º”, decorrido o prazo, se não houver correção da irregularidade “ficará a emissora sujeita à sanção prevista em lei”, o que pode levar a graves multas para a emissora, que podem levar até à suspensão temporária do sinal.

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Empreendedorismo destacado no Congresso SET 2013

Caracterizadas por começarem com baixo investimento e se apoiarem nos recursos oferecidos pela tecnologia, as Startups foram tema da última palestra dos eventos desta quarta-feira, 21 de agosto no Congresso SET 2013. Nei Grando, autor do livro “Empreendedorismo Inovador”, mostrou que as startups não são só fundadas a partir de boas ideias. Essas novas formas de empresas também precisam seguir modelos de negócios para poderem funcionar. Toda empresa cresce a partir de lucro, e os lucros vêm da conquista de clientes. Assim, trabalhar com planejamento se torna fundamental.

O caminho para o sucesso é longo para qualquer empreendedor. O mesmo se aplica para as startups. Exemplo disso foi a história de André Terra e de sua empresa, a Intacto, que só se estabilizou depois de ultrapassar alguns obstáculos no caminho. “Há que ter um espírito empreendedor para saber admitir o que não dá certo e tentar de novo”, declarou e disse que depois de seis anos investindo em interatividade em TV Digital, foi preciso parar e avaliar o trabalho que estava sendo feito para saber como continuar seus trabalhos na Qual Canal, empresa focada no ibope de redes sociais.

Sob a moderação de Lindalia Sofia, da Universidade Estácio de Sá, o painel também contou com as participações de Silvio Meira, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e Brent Mc Cray, da Worldwide Intel, que mostrou um olhar otimista sobre o contexto brasileiro para as startups. “Sabem porque eu não quis voltar para os Estados Unidos? Porque aqui eu olho pela janela e vejo oportunidades em todos os lugares”, contou.

O congresso SET é o maior encontro de profissionais e acadêmicos do mercado de radiodifusão da América Latina. A edição 2013 acontece entre 19 e 22 de Agosto no centro de convenções Imigrantes em São Paulo. Serão mais de 90 horas de palestras e debates, trazendo todos os temas atuais do mundo broadcast.

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